quinta-feira, 2 de julho de 2015

A OBESIDADE SEM ESTAR ASSOCIADA A ANORMALIDADES DO FATOR-1 (GH / IGF-1) EIXO HORMONAL DE CRESCIMENTO - GH / FATOR DE CRESCIMENTO SEMELHANTE À INSULINA-1. O PAPEL DA DOSAGEM NO SORO DE IGF-1 É UMA MEDIDA PARA RECONHECIMENTO DAS DOENÇAS HIPOTÁLAMO-HIPOFISÁRIAS NA OBESIDADE. NO ENTANTO, QUANDO ESTÁ SEVERAMENTE ASSOCIADA A MULHERES OBESAS TÊM BAIXOS NÍVEIS DE IGF-1 NO SORO EM RELAÇÃO A CONTROLES PAREADOS POR IDADE COM PESO NORMAL; O GRAU DE DEFICIÊNCIA DE IGF-1 É PROPORCIONAL AO AUMENTO DO IMC;

O FATOR DE CRESCIMENTO DE FIBROBLASTOS (FGF)-21 É ALTAMENTE EXPRESSO NO FÍGADO E REGULA O METABOLISMO DA GLICOSE E DE LIPÍDEOS. OS EFEITOS DA OBESIDADE E DO FÍGADO GORDO SOBRE OS NÍVEIS DE FGF-21 CIRCULANTE TEM SIDO DESCRITO PRINCIPALMENTE EM ADULTOS. EXPLORANDO A SUA RELAÇÃO COM O CONTEÚDO DE GORDURA HEPÁTICA, MEDIDAS DE APOPTOSE HEPÁTICO E SENSIBILIDADE À INSULINA. FISIOLOGIA–ENDOCRINOLOGIA–NEUROENDOCRINOLOGIA–GENÉTICA–ENDÓCRINO-PEDIATRIA (SUBDIVISÃO DA ENDOCRINOLOGIA): DR. JOÃO SANTOS CAIO JR. ET DRA. HENRIQUETA VERLANGIERI CAIO.

Níveis no plasma do fator de crescimento de fibroblastos-21 (FGF-21) estão aumentados em adolescentes e adultos obesos particularmente naqueles com fígado gordo (esteatose hepática). As concentrações de fator de crescimento de fibroblastos-21 (FGF-21) significativa e independentemente se correlacionam com o teor de gordura hepática e os marcadores de apoptose hepático em jovens obesos. Outro comprometimento abrange a tireóide, os hormônios da tireóide são um potente regulador da homeostase de energia metabólica e implicada em várias doenças metabólicas. O fator de crescimento de fibroblastos-21 (FGF-21) é um regulador metabólico sistêmico conhecido por modular várias funções biológicas similares às ações do hormônio da tireóide. Para melhor entendermos o comprometimento do fígado gordo ou a esteatose hepática, devemos entender o que é apoptose: os mecanismos fisiológicos de morte celular são essenciais como estratégia defensiva para remover células mutadas ou infectadas, como reposta a fenômenos de citotoxicidade ou, ainda, para um desenvolvimento embrionário normal e uma sequência normal da vida fisiológica, quando ocorre um comprometimento patológico saído da sequência prevista. 

Nesta batalha entre a vida e a morte, a remoção de células indesejáveis nos organismos multicelulares ocorre por um de dois processos: a necrose, a apoptose ou, mesmo, por ambos. Se no passado os especialistas acreditavam que estes processos ocorriam independentemente um do outro, são agora reconhecidos como coexistindo em muitas situações de saúde ou de doença, sendo por vezes difícil dissociá-los. Esta dificuldade emergiu não só porque existem algumas características comuns aos dois tipos de morte celular, mas também, porque é frequente a ocorrência de necrose e apoptose, em simultâneo, na mesma célula. Torna-se, por isso, muitas vezes ambíguo e problemático distinguir com exatidão estes dois processos, apesar da existência de algumas características morfológicas e bioquímicas diferenciadoras. Ao entendermos a sensibilidade à insulina e suas funções, fica mais claro compreender porque esse mecanismo é tão importante: a insulina fixa-se a um receptor na superfície do tecido muscular e provoca uma alteração complexa dentro do compartimento interior dos tecidos que permite a entrada da glicose. A receptividade tecidual à insulina, que significa o grau de sucesso de operação do receptor para permitir a depuração de glicose, é denominada sensibilidade à glicose. No caso de uma sensibilidade ótima à insulina, após uma refeição com alto teor de açúcar, a insulina eleva-se de forma aguda empurrando rapidamente a glicose para dentro dos tecidos, dissipando-se em seguida. No caso de má sensibilidade à insulina, porém, sua elevação é permanente devido à incapacidade de forçar a glicose para dentro dos tecidos musculares. A má sensibilidade ou resistência ao receptor de insulina indica uma falha na comunicação entre a insulina e o mecanismo celular interno. Se ficar fora dos músculos, a glicose permanecerá elevada na circulação. Como a glicose continua alta, o pâncreas deve gerar insulina adicional ou será necessário injetá-la para completar sua distribuição na circulação. A sensibilidade anormalmente baixa à insulina é chamada de resistência à insulina. 
Neste caso, os tecidos resistem à atividade regular da insulina, desabilitando os esforços de remover a glicose da circulação, necessitando, com o tempo, de intervenção médica. A resistência à insulina também ocorre no fígado e tecidos adiposos. Quando esses tecidos não respondem adequadamente à insulina, a glicose e a gordura são liberadas na circulação. A elevação contínua da glicose circulatória e triglicérides causam doenças cardiovasculares e obesidade, periférica ou intra-abdominal. Crescimento estatural e sua relação com a resistência à insulina: o crescimento, principal característica da infância e da adolescência, apresenta padrão semelhante na maioria dos indivíduos. A herança genética e os componentes do eixo GH-IGF são os fatores que influenciam diretamente esse processo. O GH-hormônio de crescimento, produzido na hipófise, exerce sua ação sobre o crescimento mediante regulação do sistema IGF (fator de crescimento símile a insulina). Os IGFs (IGF-1 e IGF-2) são fatores de crescimento produzidos na maioria dos órgãos e tecidos do organismo, possuindo ações autócrinas, parácrinas e endócrinas sobre o metabolismo intermediário, proliferação, crescimento e diferenciação celular. Associam-se com elevado grau de especificidade e de afinidade à família de seis proteínas carreadoras, denominadas IGFBPs (IGFBP-1 a -6), as quais modulam suas bioatividades. A maioria das ações conhecidas dos IGFs é exercida mediante sua ligação com o receptor tipo 1 (IGF-1R). A composição e a regulação do eixo GH-sistema IGF, assim como a participação de cada um dos seus diferentes componentes no processo de regulação do crescimento humano. O crescimento humano pode ser didaticamente dividido em diversas fases, mas mantém padrão semelhante na maioria dos indivíduos. 
A velocidade de crescimento é elevada no primeiro ano de vida pós-natal, desacelera gradualmente e atinge valores estáveis por volta dos 4 anos de idade. Um novo período de elevada velocidade de ganho estatural ocorre durante a puberdade, seguido de nova desaceleração, à medida que a maturação óssea se completa e o indivíduo atinge sua estatura final. Os IGFs fatores de crescimento símile à insulina são produzidos na maioria dos órgãos e dos tecidos do organismo, uma vez que, sua secreção ocorre à medida que são produzidos, não existindo um órgão de armazenamento. Sabe-se atualmente, que, para que o crescimento seja adequado tanto os IGFs-fatores de crescimento símile à insulina circulante, de origem principalmente hepática, quanto os IGFs fatores de crescimento símile à insulina produzidos nos tecidos são fundamentais. Este conceito reforça a importância das ações endócrinas, parácrinas e autócrinas dos IGFs fatores de crescimento símile à insulina. A relação com a resistência à insulina, quando se trata de crescimento estatural, está ligada a todos esses mecanismos, desde o crescimento estatural, obesidade visceral ou abdominal e fígado esteatótico ou fígado gordo, direta ou indiretamente. 


Dr. João Santos Caio Jr.

Endocrinologia – Neuroendocrinologista
CRM 20611

Dra. Henriqueta V. Caio
Endocrinologista – Medicina Interna
CRM 28930

Como saber mais:
1. A avaliação do crescimento longitudinal é essencial no cuidado da criança e do adolescente...
http://hormoniocrescimentoadultos.blogspot.com.

2. A baixa estatura pode ser prontamente reconhecida apenas com medições precisas de crescimento e análise crítica dos dados de crescimento...
http://longevidadefutura.blogspot.com

3. Ao reconhecer e tratar as crianças nas quais possamos melhorar as chances de ser um jovem com depressão devemos também avaliar a situação clínica, laboratorial e instrumental para que possam viver uma vida mais saudável, assim como, uma vida mais longa e com qualidade...
http://imcobesidade.blogspot.com

AUTORIZADO O USO DOS DIREITOS AUTORAIS COM CITAÇÃO
DOS AUTORES PROSPECTIVOS ET REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA. 


Referências Bibliográficas:
Caio Jr, João Santos, Dr.; Endocrinologista, Neuroendocrinologista, Caio,H. V., Dra. Endocrinologista, Medicina Interna – Van Der Häägen Brazil, São Paulo, Brasil; Ko CH, Takahashi JS. Molecular components of the mammalian circadian clock. Hum Mol Genet 2006; 15 (Spec No. 2): R271–R277. Review; Barness LA, Opitz JM, Gilbert-Barness E. Obesity: genetic, molecular, and environmental aspects. Am J Med Genet A 2007; 143A: 3016–3034; Froy O. The relationship between nutrition and circadian rhythms in mammals. Front Neuroendocrinol 2007; 28: 61–71; Turek FW, Joshu C, Kohsaka A, Lin E, Ivanova G, McDearmon E et al. Obesity and metabolic syndrome in circadian Clock mutant mice. Science2005; 308: 1043–1045; Garaulet M, Madrid JA. Chronobiology, genetics and metabolic syndrome.Curr Opin Lipidol 2009; 20: 127–134; Lax P, Zamora S, Madrid JA. Coupling effect of locomotor activity on the rat's circadian system. Am J Physiol 1998; 275: R580–R587; Lax P, Zamora S, Madrid JA. Food-entrained feeding and locomotor circadian rhythms in rats under different lighting conditions. Chronobiol Int1999; 16: 281–291; Saper CB, Lu J, Chou TC, Gooley J. The hypothalamic integrator for circadian rhythms. Trends Neurosci 2005; 28: 152; Fuller PM, Lu J, Saper CB. Differential rescue of light- and food-entrainable circadian rhythms. Science 2008; 230: 1074–1077; Landry GJ, Simon MM, Webb IC, Mistlberger RE. Persistence of a behavioral food-anticipatory circadian rhythm following dorsomedial hypothalamic ablation in rats. Am J Physiol Regul Integr Comp Physiol 2006; 290: R1527–R1534; Storch KF, Weitz CJ. Daily rhythms of food-anticipatory behavioral activity do not require the known circadian clock. Proc Natl Acad Sci USA 2009;106: 6808–6813; Guilding C, Piggins HD. Challenging the omnipotence of the suprachiasmatic timekeeper: are circadian oscillators present throughout the mammalian brain? Eur J Neurosci 2007; 25: 3195–3216. 



Contato:
Fones: 55 (11) 2371-3337 / (11)5572-4848 / (11) 9.8197-4706  
Rua Estela, 515 - Bloco D - 12º andar - Conj 121/122
Paraíso - São Paulo - SP - CEP 04011-002
Email: vanderhaagenbrasil@gmail.com 

Site Van Der Häägen Brazil
www.vanderhaagenbrazil.com.br
http://drcaiojr.site.med.br
http://dracaio.site.med.br



Instagram
https://instagram.com/clinicascaio/

João Santos Caio Jr
http://google.com/+JoaoSantosCaioJr

Vídeo
http://youtu.be/woonaiFJQwY

Google Maps:
http://maps.google.com.br/maps/place?cid=5099901339000351730&q=Van+Der+Haagen+Brasil&hl=pt&sll=-23.578256,46.645653&sspn=0.005074,0.009645&ie=UTF8&ll=-23.575591,-46.650481&spn=0,0&t = h&z=17